O que é SGE (Search Graph Experience)? Com o anúncio feito pelo Google em 14 de maio, muitos especialistas em SEO e criadores de conteúdo ficaram atentos às mudanças que essa nova tecnologia pode trazer. Trata-se da integração de inteligência artificial (IA) nos resultados de pesquisa, proporcionando uma experiência generativa que promete transformar a maneira como buscamos e interagimos com informações na internet.
Embora a novidade esteja sendo implementada inicialmente nos Estados Unidos, é possível testar seus recursos no Brasil através do Google Labs. Neste artigo, vamos abordar o conceito do SGE, analisar seus impactos no SEO e nos resultados de busca, além de explorar dados e estatísticas atuais sobre sua adoção.
Introdução ao SGE: Entenda o Conceito
O SGE (Search Generative Experience) é uma inovação do Google que incorpora Inteligência Artificial nos resultados de busca. Anunciado oficialmente em 14 de maio, o SGE começou a ser implementado nos Estados Unidos, com planos de expansão para outros países no futuro.
Com a introdução do SGE, o Google busca oferecer uma experiência de busca mais rica e informativa, gerando resumos automáticos e respostas diretas às consultas dos usuários. Isso é feito utilizando algoritmos avançados de IA, que analisam e sintetizam informações de diversas fontes da web.
Como Funciona o SGE?
O SGE opera de forma a complementar os resultados de busca tradicionais. Quando um usuário faz uma consulta, o Google pode exibir um bloco gerado automaticamente com informações relevantes sobre o tópico pesquisado. Este bloco é projetado para fornecer uma resposta rápida e abrangente, sem que o usuário precise clicar em vários links.
Principais Características do SGE
-
- Resumos Automáticos: O SGE cria resumos concisos e informativos com base na consulta do usuário.
-
- Fontes Confiáveis: A IA do Google seleciona informações de fontes de alta qualidade para garantir a precisão dos dados apresentados.
-
- Interatividade: Em alguns casos, o SGE permite que os usuários interajam com o conteúdo, expandindo ou refinando a informação exibida.
Essa nova abordagem tem gerado discussões e preocupações entre criadores de conteúdo e profissionais de SEO, uma vez que altera a forma como os resultados de busca são apresentados e consumidos. No entanto, é importante analisar os impactos e adaptações necessárias para continuar a obter bons resultados na era do SGE.
Impactos da Inteligência Artificial nos Resultados de Busca
A introdução da Inteligência Artificial (IA) nos resultados de busca do Google está transformando a forma como os usuários interagem com a plataforma. A Search Generative Experience (SGE) visa oferecer respostas mais precisas e contextualizadas, mas essa mudança traz uma série de impactos significativos.
Alteração na Visibilidade dos Resultados Orgânicos
Com a inclusão de respostas geradas pela IA, os resultados orgânicos estão sendo empurrados para baixo na página de resultados de busca. Em média, os resultados orgânicos podem ser deslocados até 905 pixels para baixo, o que pode reduzir a visibilidade e o tráfego para esses sites.
Maior Dependência de Conteúdo de Qualidade
Os algoritmos de IA do Google estão priorizando conteúdo de alta qualidade para gerar suas respostas. Isso significa que sites com conteúdo bem elaborado e confiável têm mais chances de serem referenciados nas respostas geradas pela IA.
Oportunidades para Novos Sites
Embora sites bem estabelecidos tenham uma vantagem, a IA do Google também está utilizando fontes que não estão necessariamente no top 10 dos resultados de busca tradicionais. Isso pode abrir oportunidades para novos sites que produzem conteúdo de qualidade.
Impacto nos Anúncios
Em 27% dos casos, não há anúncios acompanhando os resultados gerados pela IA. No entanto, em 73% das buscas com SGE, os anúncios ainda estão presentes, geralmente acima do bloco de respostas geradas pela IA. Isso indica que, apesar das mudanças, o Google Ads continua a ter um papel importante na monetização da plataforma.
Termos Sensíveis
Para termos de busca sensíveis, como os relacionados a finanças ou saúde, a IA do Google tende a ser mais cautelosa. Em média, apenas 47% das buscas nesses setores apresentam resultados gerados pela IA, comparado com 88% para outros tipos de busca.
Os impactos da Inteligência Artificial nos resultados de busca são profundos e multifacetados. Enquanto algumas mudanças podem parecer desafiadoras, elas também oferecem novas oportunidades para quem está disposto a adaptar suas estratégias de SEO e produção de conteúdo.
Como Testar o SGE no Brasil
Embora o Google tenha iniciado o rollout do Search Generative Experience (SGE) nos Estados Unidos, é possível testar essa nova funcionalidade no Brasil. Veja como:
1. Acesse o Google Labs
Para começar, você precisa acessar o Google Labs. Este é o ambiente de testes do Google, onde novas funcionalidades são disponibilizadas para experimentação.
2. Habilite o SGE
Dentro do Google Labs, procure pela opção relacionada ao Search Generative Experience. Normalmente, você encontrará uma opção para ativar ou desativar essa funcionalidade. Ative-a para começar a testar.
3. Realize Pesquisas no Google
Com o SGE habilitado, realize buscas no Google normalmente. Você notará que os resultados agora incluem respostas geradas pela inteligência artificial, além dos links tradicionais.
4. Analise os Resultados
Observe como a experiência generativa altera a apresentação dos resultados de busca. Compare com a forma tradicional e veja como as informações são exibidas de maneira diferente.
5. Desative se Necessário
Se quiser voltar à experiência de busca tradicional, basta retornar ao Google Labs e desativar o SGE. Isso permitirá que você compare as duas formas de exibição sempre que desejar.
Testar o SGE no Brasil é uma excelente maneira de se familiarizar com essa nova tecnologia e entender como ela pode impactar a forma como usamos o Google para encontrar informações.
Formas de Exibição da Experiência Generativa do Google
A Experiência Generativa do Google (SGE) pode ser exibida de diferentes formas nos resultados de busca. Abaixo, detalhamos as principais maneiras como essa tecnologia aparece nas buscas.
1. Exibição Padrão (Default)
Na exibição padrão, a SGE adiciona um bloco gerado automaticamente pelo Google nos resultados de busca. Esse bloco ocupa um espaço significativo na tela, empurrando os resultados orgânicos para baixo. Em média, os resultados orgânicos são deslocados cerca de 905 pixels para baixo.
Exemplo:
Quando você busca por “o que é SEO”, o Google pode gerar um resumo diretamente na página de resultados, sem a necessidade de clicar em nenhum site.
2. Exibição com Botão “Ver Mais”
Outra forma de exibição é com um botão de ver mais. Nesse formato, o bloco gerado pela SGE é menor, e o usuário precisa clicar no botão para ver mais informações.
Exemplo:
Se você buscar “como curar a ansiedade”, o Google pode mostrar um resumo inicial com um botão “Ver Mais” para expandir as informações.
Essa forma é considerada positiva para quem trabalha com SEO, pois os sites não são empurrados tão para baixo na página de resultados.
3. Exibição com Botão “Gerar”
Nesse formato, a SGE não gera imediatamente o conteúdo. Em vez disso, um botão “Gerar” é exibido, e o usuário precisa clicar nele para que o conteúdo seja gerado e exibido.
Exemplo:
Ao buscar “como tomar creatina”, o Google pode mostrar um botão “Gerar” e, ao clicar, o conteúdo gerado pela SGE é exibido.
Esse formato ocupa menos espaço na página, sendo o mais favorável para quem trabalha com SEO.
4. Exibição Sem Geração de Conteúdo
Existem buscas em que a SGE não gera nenhum conteúdo. Isso geralmente ocorre em termos sensíveis, como finanças ou saúde, onde o Google prefere exibir resultados tradicionais.
Exemplo:
Buscas como “como ser um trader” podem não apresentar nenhuma informação gerada pela SGE, exibindo apenas os resultados tradicionais dos sites.
Dados e Estatísticas sobre a Adoção do SGE
O Google anunciou o Search Generative Experience (SGE) em maio de 2023, e desde então, diversas estatísticas têm sido coletadas para entender melhor sua adoção e impacto. Abaixo, apresentamos alguns dados relevantes sobre o SGE.
Taxa de Adoção
Em média, 88% das buscas realizadas nos Estados Unidos apresentam a experiência generativa do SGE. Isso significa que apenas 12% das buscas não exibem essa nova funcionalidade.
Formas de Exibição
Das buscas que apresentam a experiência generativa:
-
- 66% exibem o botão “Ver mais” para expandir o conteúdo gerado.
-
- 22% mostram a experiência generativa de forma padrão, já aberta.
Isso é positivo para quem trabalha com SEO, pois a maioria das buscas apresenta a versão resumida, que impacta menos os resultados orgânicos.
Setores Sensíveis
Em setores sensíveis, como finanças, a adoção do SGE é menor. Por exemplo, apenas 47% das buscas relacionadas a finanças exibem a experiência generativa, comparado aos 88% da média geral.
No entanto, esse número está crescendo. Em julho de 2023, apenas 22% das buscas em setores sensíveis apresentavam o SGE, mas esse número aumentou para 47% em abril de 2024.
Fontes de Informação
Em média, o SGE exibe de 3 a 5 fontes nos resultados gerados. Apenas 5% das buscas com SGE não apresentam nenhuma fonte.
Interessantemente, 51% das fontes exibidas pelo SGE não estão no top 10 da busca tradicional. Isso indica que estar bem posicionado na busca orgânica tradicional não garante a inclusão como fonte no SGE.
Impacto nos Anúncios
Em 27% dos casos, nenhuma busca com SGE apresentou anúncios do Google Ads. No entanto, em 73% das buscas, algum tipo de anúncio foi exibido, geralmente acima da experiência generativa.
Isso mostra que, apesar das mudanças, o Google Ads continua relevante e não está sendo deslocado pela nova experiência generativa.
Esses dados nos ajudam a entender melhor como o SGE está sendo adotado e seu impacto no cenário atual de buscas. É importante acompanhar essas estatísticas para ajustar nossas estratégias de SEO e marketing digital de acordo com as novas tendências.