O Google LLC aprimorou os recursos de seu chatbot Bard usando a tecnologia do PaLM, um modelo de linguagem avançado que estreou no ano passado.
Google e Alphabet Inc. CEO Sundar Pichai detalhou a atualização em uma entrevista do New York Times publicada nessa semana. O PaLM “trará mais recursos; seja no raciocínio, na codificação, pode responder melhor às questões de matemática”, disse Pichai. Jack Krawczyk, gerente de produto da Bard no Google, acrescentou em um twitter que a atualização já foi lançada.
A nova versão do Bard é descrita como sendo mais adepta da resolução de problemas matemáticos. O chatbot também pode responder a prompts de texto “multistep” de forma mais confiável, afirmou Krawczyk. Mais adiante, o Google também espera melhorias na capacidade da Bard de gerar código de software.
O modelo PaLM apresenta 540 bilhões de parâmetros, as definições de configuração que determinam como uma rede neural processa os dados. Quanto mais parâmetros houver, mais tarefas uma rede neural pode gerenciar.
O modelo demonstrou desempenho impressionante em uma série de avaliações internas realizadas pelo Google. Durante um teste que envolveu 28 tarefas de processamento de linguagem natural, obteve uma pontuação mais alta do que o modelo GPT 3 do OpenAI. Ele também estabeleceu novos recordes em dois benchmarks de matemática e codificação.
O Google treinou o PaLM em dois pods TPU v4 hospedados em sua nuvem pública. Cada TPU v4 Pod inclui 4.096 chips otimizados especificamente para executar cargas de trabalho de IA. Combinados, esses chips podem fornecer até 1,1 exaflops de desempenho, o que equivale a 1,1 milhão de trilhões de cálculos por segundo.
Durante o desenvolvimento do PaLM, o Google gerenciou o processo de treinamento de IA usando um sistema de software desenvolvido internamente chamado Pathways. O sistema distribui os cálculos envolvidos no treinamento de um modelo de IA em vários chips para acelerar o fluxo de trabalho. Ao executar o PaLM, o Pathways usou 57,8% do desempenho de processamento dos chips subjacentes, o que, segundo o Google, estabeleceu um novo recorde do setor.
A versão original do Bard que o Google introduzido no mês passado foi baseado em uma IA chamada LaMDA. O Google detalhou o LaMDA pela primeira vez em janeiro passado, ou três meses antes de lançar o PaLM. O modelo anterior suportava até 137 bilhões de parâmetros no momento de sua introdução, enquanto o PaLM apresentava 540 bilhões.
“Claramente temos modelos mais capazes”, disse Pichai ao Times em referência ao LaMDA. “Para mim, era importante não lançar um modelo mais capaz antes de podermos ter certeza de que podemos lidar bem com isso.”
O que é o Google Bard?
O Google Bard é um chatbot inteligente que usa inteligência artificial (IA) para oferecer respostas às buscas realizadas pelos usuários em seu navegador de pesquisas. Ele é baseado em um modelo de linguagem de grande escala (LLM), especificamente uma versão leve e otimizada do LaMDA, que é capaz de gerar respostas criativas e naturais a partir de um prompt. O Bard é um experimento em estágio inicial que visa aumentar a produtividade, a criatividade e a curiosidade dos usuários.
Neste post, vamos explicar o que é o Google Bard, como ele funciona e quais são as suas vantagens e desafios em relação ao ChatGPT, outro chatbot baseado em IA desenvolvido pela empresa OpenAI.
O Google Bard é um chatbot que permite aos usuários interagir com um modelo de linguagem de grande escala (LLM) diretamente em seu navegador de pesquisas. Um LLM é um sistema que aprende a partir de uma grande quantidade de textos na internet e é capaz de prever quais palavras são mais prováveis de vir a seguir em uma frase ou parágrafo. Ao usar o Bard, os usuários podem fazer perguntas ou solicitar tarefas ao LLM e receber respostas geradas automaticamente.
O Bard é alimentado por uma versão leve e otimizada do LaMDA, um LLM desenvolvido pelo Google que se destaca pela sua capacidade de manter uma conversa coerente e relevante sobre qualquer assunto. O LaMDA foi apresentado pelo Google em 2022 como uma forma de tornar a IA mais útil e acessível para as pessoas.
O Bard é um experimento em estágio inicial que ainda está sendo testado por um grupo limitado de usuários nos Estados Unidos e no Reino Unido. O objetivo do Google é expandir o acesso ao Bard para mais países e idiomas ao longo do tempo, bem como atualizar o LLM com modelos mais novos e capazes.
Como funciona o Google Bard?
O Google Bard esta em fase de teste, mas futuramente os usuários vão acessar o site https://bard.google.com/ e fazer login com sua conta do Google. Em seguida, eles vão poder digitar ou falar um prompt para o LLM, que pode ser uma pergunta, uma solicitação ou uma ideia. Por exemplo, um usuário pode pedir ao Bard para dar dicas para alcançar seu objetivo de ler mais livros este ano, explicar física quântica em termos simples ou esboçar um post de blog.
O LLM então vai gerar uma resposta baseada no prompt, selecionando uma palavra por vez a partir das palavras que são mais prováveis de vir a seguir.
O que é o modelo PaLM?
O modelo PaLM é uma sigla para Pre-trained and fine-tuned Language Model, ou seja, um modelo de linguagem pré-treinado e ajustado. Trata-se de uma tecnologia de inteligência artificial desenvolvida pelo Google que permite gerar texto, imagens, código, vídeos, áudio e muito mais a partir de comandos simples de linguagem natural.
O PaLM é um dos modelos de linguagem mais avançados do mercado, comparável à série GPT da OpenAI ou à família de modelos LLaMA da Meta. O Google anunciou o PaLM pela primeira vez em abril de 2022 e o disponibilizou para os desenvolvedores em março de 2023, por meio de uma API e de um aplicativo chamado MakerSuite.
O PaLM é um modelo de linguagem grande, ou LLM, que significa que ele tem uma grande capacidade de processar e armazenar informações linguísticas. O PaLM foi treinado em um enorme conjunto de dados que inclui textos da web, livros, artigos científicos, legendas de vídeos e muito mais. O PaLM pode aprender a realizar diferentes tarefas de geração e edição de texto, dependendo do tipo de entrada que recebe.
Por exemplo, o PaLM pode ser usado para criar um chatbot conversacional, resumir um texto longo, escrever um código funcional, gerar uma imagem a partir de uma descrição ou até mesmo compor uma música. O PaLM também pode lidar com diferentes idiomas e domínios, adaptando-se ao contexto e ao público-alvo.
O PaLM é um modelo flexível e personalizável, que pode ser ajustado para atender às necessidades específicas dos desenvolvedores e das empresas. Com o MakerSuite, os desenvolvedores podem iterar em comandos, aumentar seus conjuntos de dados com dados sintéticos e ajustar facilmente modelos personalizados. O Google também oferece outras plataformas para facilitar o uso do PaLM, como a Vertex AI e a Generative AI App Builder.