As emissões de carbono do Google cresceram quase 50% nos últimos cinco anos, de acordo com um novo relatório da gigante de tecnologia de Mountain View. Apesar dos compromissos ambientais ambiciosos da empresa, o aumento na demanda por centros de dados e as emissões da cadeia de suprimentos foram os principais fatores para esse crescimento.
Aumento significativo nas emissões
Nos últimos anos, o Google fez compromissos para atingir zero emissões líquidas em todas as “operações e cadeia de valor” da empresa até 2030. No entanto, de acordo com o Relatório Ambiental de 2024 da própria Google (via Ars Technica), as emissões de carbono aumentaram 48% desde 2019 – e um aumento de 13% em relação ao ano passado.
O Google aponta a maior demanda por centros de dados e “emissões da cadeia de suprimentos” como uma das principais razões para o aumento nas emissões de carbono, apesar das promessas ambientais anteriores. O consumo de energia dos centros de dados aumentou 17% só em 2023 e agora representa 25% do total. A cadeia de suprimentos representa 75% do total das emissões da empresa.
No entanto, o Google afirmou que está “trabalhando arduamente” para reduzir as emissões de carbono e destacou a infraestrutura melhorada e as unidades de processamento tensorial (TPUs) de sexta geração, que oferecem 67% de eficiência energética como uma futura área de redução do consumo de energia.
Isso pode reduzir a energia necessária para treinar modelos de IA em até 100 vezes e, portanto, as emissões associadas “em até 1.000 vezes”. Métodos mais recentes estão sendo utilizados, o que pode ajudar a aliviar a carga na infraestrutura e nos centros de dados associados do Google.
O Google afirma que até 64% do consumo atual de energia provém de fontes livres de carbono, incluindo centros de produção de energia geotérmica. Contratos para a compra de quase 4 gigawatts de energia limpa também foram assinados na Austrália, Bélgica e Texas, o maior número em um ano, de acordo com este relatório.
Também vimos outras reduções no consumo de plástico de uso único em dispositivos como a série Pixel. Desde 2023, quase todas as embalagens são agora 99% livres de plástico, com o Pixel 8 e o 8 Pro sendo embalados em materiais 100% livres de plástico.
Áreas de difícil descarbonização: Áreas “difíceis de descarbonizar”, como a Ásia-Pacífico, onde a energia livre de carbono está menos disponível, são outra explicação do Google para a falha em fazer progressos significativos nos últimos 5 anos. No entanto, o Google prometeu continuar a reduzir as emissões de carbono e gases de efeito estufa utilizando IA um tanto faminta por energia. Serviços como o Google Maps usam modelos para melhorar a gestão do tráfego e reduzir as emissões de veículos.
Com um grande impulso do Gemini e outros projetos associados movidos a IA, o Google precisará fazer mais para garantir que as emissões de carbono estejam de acordo com as promessas públicas de atingir zero emissões líquidas em apenas 6 anos. Como isso vai acontecer ainda está por ser visto.
Compromissos ambientais do Google
Nos últimos anos, o Google assumiu compromissos de alcançar emissões líquidas zero em toda a “cadeia de valor e operações” da empresa até 2030. No entanto, o Google ainda enfrenta desafios significativos para atingir essa meta.
Razões para o aumento das emissões
Uma análise recente do relatório ambiental da Google revelou uma elevação significativa das emissões de carbono, com um aumento de 48% entre 2019 e 2024. Esse crescimento é atribuído a vários fatores que intensificaram o impacto ambiental da gigante tecnológica.
Demanda por Data Centers: O aumento significativo no consumo de energia pelos data centers representa uma porção considerável desse aumento nas emissões. Desde 2023, o consumo de energia dos data centers cresceu 17%, sendo agora responsável por 25% das emissões totais de carbono da Google.
Emissões da Cadeia de Suprimentos: A cadeia de suprimentos representa uma parcela ainda maior, contribuindo com 75% do total de emissões. As operações de fornecedores e a produção de componentes tecnológicos continuam a pressionar as emissões de carbono.
Áreas de difícil descarbonização: Regiões como a Ásia-Pacífico, onde a energia livre de carbono não é amplamente disponível, também contribuem para o aumento das emissões. A Google identifica essas áreas como desafiadoras para a implementação de energia sustentável de forma abrangente.
Ao longo dos últimos cinco anos, a necessidade de realizar grandes compromissos e investimentos em infraestrutura de tecnologia, atendimento a demanda de serviços em nuvem e o crescimento das operações globais são principais fatores que explicam a alta nas emissões de carbono da empresa.
Esforços de redução de emissões
Apesar dos esforços contínuos, as emissões de carbono da Google têm sido um desafio significativo. As principais iniciativas incluem a melhoria da infraestrutura e a implementação de unidades de processamento Tensor (TPUs) de sexta geração, que oferecem uma eficiência de energia 67% maior. Estas melhorias são projetadas para reduzir o consumo de energia necessário para treinar modelos de IA em até 100 vezes, e as emissões associadas em até 1.000 vezes.
A empresa também tem apostado fortemente em energias renováveis, com 64% do seu consumo energético vindo de fontes livres de carbono. Contudo, áreas de difícil descarbonização, como a região da Ásia-Pacífico, onde as energias renováveis são menos acessíveis, continuam a ser um obstáculo.
Além disso, a Google está buscando aumentar o uso de energia limpa através de contratos de compra de quase 4 gigawatts de energia renovável na Austrália, Bélgica e Texas, representando o maior volume de contratos de energia limpa assinados em um único ano.
Enquanto a empresa vê uma crescente necessidade de energia, especialmente devido aos centros de dados, onde o consumo aumentou 17% em 2023, a Google afirma continuar trabalhando duro para reduzir sua pegada de carbono. Outras iniciativas incluem a redução de plásticos de uso único em dispositivos e embalagens, com a série Pixel sendo um exemplo dessa transição para materiais ecologicamente corretos.
Energia de fontes livres de carbono
Google afeta diretamente seu compromisso de sustentabilidade devido a um aumento significativo nas emissões de carbono. De acordo com um relatório recente, as emissões de carbono da empresa aumentaram quase 50% nos últimos cinco anos.
Atualmente, cerca de 64% da energia consumida pela Google provém de fontes livres de carbono, incluindo centrais de produção de energia geotérmica. A empresa assinou contratos para adquirir quase 4 gigawatts de energia limpa em países como Austrália, Bélgica e Texas.
Impacto das áreas de difícil descarbonização
Um dos grandes desafios enfrentados pela Google na redução de suas emissões de carbono é a presença de áreas de difícil descarbonização. Essas regiões são caracterizadas pela dificuldade de acesso a energias renováveis e pela alta dependência de fontes de energia não renováveis.
Na Ásia-Pacífico, por exemplo, a disponibilidade de energia limpa é significativamente menor, o que complica os esforços da empresa para diminuir sua pegada de carbono. Essa realidade contribui de maneira considerável para a estagnação no progresso da Google em atingir suas metas ambientais nos últimos cinco anos.
Além disso, a necessidade de manter centros de dados operando com eficiência em locais desfavoráveis aumenta a dependência energética de fontes não sustentáveis. A infraestrutura nessas áreas muitas vezes não suporta uma transição imediata e eficiente para energias renováveis, o que exige investimentos contínuos e desenvolvimentos tecnológicos para mitigar os impactos ambientais.
Esses fatores tornam mais complexa a superação dos desafios e a realização dos compromissos ambientais da Google, revelando a dificuldade e a lentidão no avanço dessas iniciativas em regiões onde a infraestrutura e a inovação em energia limpa são mais limitadas.