32% da energia total da Irlanda, até 2026, podrão ser consumidas por Data centers

32% da energia total da Irlanda, até 2026, podrão ser consumidas por Data centers

A demanda global de energia proveniente de data centers pode dobrar até 2026, adicionando requisitos equivalentes de energia de uma nova Suécia ou Alemanha. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a combinação de fazendas de bits, criptomoedas e inteligência artificial consumiu 460 terawatts-hora (TWh) em 2022, representando cerca de 2% da demanda total de eletricidade. Para 2026, a AIE projeta um consumo global entre 620-1.050 TWh, o que exigiria um aumento significativo na geração de energia.

 

Demanda global de energia de data centers deve duplicar

A demanda global por energia proveniente de datacenters está projetada para duplicar até 2026, implicando que a infraestrutura de TI adicionará uma quantidade de eletricidade equivalente às necessidades de energia de um país como a Suécia ou a Alemanha. De acordo com o relatório mais recente da Agência Internacional de Energia (IEA), essa crise está em parte ligada ao aumento do uso de inteligência artificial e criptomoedas, que já consomem, em conjunto, 460 Terawatts-hora (TWh) de eletricidade para operações anuais.

A IEA prevê que a demanda total de eletricidade dos datacenters pode variar entre 620 e 1.050 TWh em 2026, com uma expectativa média em torno de 800 TWh. Esse crescimento representa uma necessidade adicional entre 160 TWh a 590 TWh, o que é significativo, considerando que a Holanda consome aproximadamente 110 TWh por ano.

Os dados apontam que cerca de 33% dos mais de 8.000 datacenters que existem no mundo estão localizados nos Estados Unidos, enquanto 16% estão na Europa e 10% na China. É interessante notar que, no caso dos Estados Unidos, a energia utilizada pelos datacenters está prevista para crescer de 200 TWh em 2022 para quase 260 TWh em 2026.

A Irlanda é um exemplo claro da situação, onde, em 2022, 5,3 TWh, ou seja, 17% do total de eletricidade do país, foram consumidos por datacenters. Se a tendência continuar, essa porcentagem pode aumentar para 32% até 2026, o que geraria preocupações significativas em torno da sustentabilidade da estrutura elétrica nacional.

Do ponto de vista energético, o IEA prevê que as fontes de energia de baixo carbono responderão por quase metade da geração total de eletricidade no mundo, algo que será crucial para atender à demanda crescente. A participação das energias renováveis deve, assim, superar o carvão como principal fonte de energia até 2025.

O impacto da inteligência artificial e das criptomoedas na demanda elétrica é notável, com a IEA afirmando que a busca do Google pode ver um aumento de até dez vezes em seu consumo de energia caso a IA seja plenamente integrada. As expectativas apontam que o consumo de energia para a mineração de criptomoedas aumentará 40% até 2026, somando aproximadamente 160 TWh.

Além dos aumentos na demanda, há progresso esperado na redução das emissões de CO2, com uma queda estimada de 2,4% nas emissões do setor elétrico global até 2024. É importante ressaltar que o crescimento de fontes de energia limpa, como a nuclear e as renováveis, estará alinhado para atender toda a demanda adicional nos próximos anos.

 

Impacto das fontes de energia de baixo carbono

Impacto das fontes de energia de baixo carbono

A demanda global de eletricidade pelos data centers deve dobrar até 2026, correspondendo a um aumento significativo na carga de energia equivalente à soma dos requisitos energéticos de países como Suécia e Alemanha. Em contrapartida, a previsão é que as fontes de energia de baixo carbono, que englobam tanto as energias renováveis quanto a energia nuclear, alcancem quase metade da geração de eletricidade em todo o mundo até o mesmo ano.

Essas projeções são baseadas em um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), que analisa as tendências de políticas e o desenvolvimento do mercado, estimando assim a demanda, o fornecimento e as emissões de dióxido de carbono ao longo de um período de quatro anos.

As operações de data centers, que atualmente consomem cerca de 460 Terawatts-hora (TWh) de eletricidade, esperam um crescimento considerável. Este aumento não se limita apenas aos data centers tradicionais, mas também inclui o consumo impulsionado por criptomoedas e pela inteligência artificial (IA). Se nada for feito para mitigar esse consumo, projeta-se que a energia utilizada por data centers na Irlanda, por exemplo, aumentará de 17% para 32% do total de eletricidade do país até 2026.

É importante notar que o crescimento da demanda por eletricidade, mesmo que significativo, poderá ser atendido por fontes de energia limpa. As energias renováveis têm a capacidade de gerar mais de um terço de toda a eletricidade global até 2025, superando o carvão como a maior fonte de energia. Adicionalmente, as fontes de baixo carbono devem responder por cerca de 46% do fornecimento total de eletricidade mundial até 2026.

 

Crescimento regional da demanda por energia

A demanda global por energia proveniente de data centers, conforme relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), pode dobrar até 2026, com um aumento significativo nas necessidades energéticas. Este crescimento resultará em um requerimento adicional de energia semelhante ao de países como Suécia ou Alemanha. Em termos regionais, os dados mostram que, atualmente, cerca de 33% dos mais de 8.000 data centers no mundo estão localizados nos Estados Unidos, enquanto a Europa concentra cerca de 16% e a China, cerca de 10%.

No caso da Irlanda, a situação é particularmente alarmante. Estima-se que em 2022, 5,3 TWh, representando 17% da eletricidade total do país, foram consumidos por data centers. Essa porcentagem poderá aumentar para 32% até 2026, o que é um crescimento extraordinário, levando em conta as necessidades de outras áreas e a capacidade de geração de energia do país.

O crescimento da demanda regional é impulsionado por tendências globais. A rápida evolução das tecnologias, como a implantação de redes 5G e o aumento do uso de serviços de nuvem, impulsionam o consumo energético. A IEA prevê que a demanda de eletricidade de data centers dos EUA crescerá de cerca de 200 TWh em 2022 para quase 260 TWh em 2026. Enquanto isso, a China deve ver sua demanda de eletricidade por data centers dobrar para 400 TWh até 2030.

Na Europa, muitos data centers estão concentrados em cidades como Frankfurt, Londres, Amsterdã, Paris e Dublin, sendo que o consumo de eletricidade na região poderá alcançar quase 150 TWh até 2026. Com as criptomoedas e a inteligência artificial contribuindo com um aumento na demanda por energia, é esperado que esse cenário continue a evoluir, exigindo uma ação rápida e eficaz para garantir que o crescimento não comprometa a rede elétrica existente.

 

O papel da inteligência artificial e criptomoedas

O papel da inteligência artificial e criptomoedas

A demanda global de energia de data centers está prevista para dobrar até 2026, o que representa um aumento significativo na energia consumida em todo o mundo. Segundo o Agência Internacional de Energia (IEA), essa demanda inclui o consumo de datacenters tradicionais e os chamados ‘bit barns’ dedicados à inteligência artificial (IA) e às criptomoedas. Em 2022, esses centros de dados consumiram cerca de 460 Terawatts-hora (TWh) de eletricidade, o que corresponde a aproximadamente 2% da demanda total de eletricidade global.

O crescimento continua a ser impulsionado por fatores como o aumento da adoção de serviços baseados em IA e a crescente popularidade das criptomoedas. De acordo com previsões, o uso de eletricidade por criptomoedas deverá crescer mais de 40%, alcançando cerca de 160 TWh até 2026. As análises da IEA indicam que esse crescimento pode representar uma carga adicional significativa sobre as redes de energia, especialmente na Irlanda, onde estima-se que a energia consumida por data centers pode alcançar 32% da demanda total de eletricidade do país.

Além disso, é importante considerar o impacto ambiental desse aumento de demanda. A IEA prevê que, embora a demanda por energia de data centers aumente, as fontes de energia de baixo carbono estão se expandindo. Espera-se que, até 2026, as fontes de baixo carbono — que incluem energia renovável e nuclear — respondam por cerca de 46% do fornecimento total de eletricidade global. Isso é encorajador, pois a transição para energias mais limpas pode ajudar a mitigar os impactos negativos sobre o clima.

A crescente utilização de IA também apresenta um cenário preocupante. A interação de sistemas de busca com IA, como o Google, pode gerar um aumento exponencial na demanda por energia elétrica, podendo atingir até 10 TWh adicionais anualmente se uma implementação total for realizada. Portanto, à medida que novas tecnologias continuam a se desenvolver, será crucial acompanhar e gerenciar seu consumo energético.

O cenário deve ser monitorado de perto, pois as políticas e inovações tecnológicas podem ajudar a equilibrar a demanda de energia crescente com a necessidade urgente de descarbonizar o setor energético global.

 

Progresso esperado na redução das emissões de CO2

As previsões da Agência Internacional de Energia (IEA) indicam que as emissões de dióxido de carbono (CO2) do setor elétrico estão em declínio. É estimado que haja uma queda de 2,4% nas emissões globais do setor elétrico em 2024, seguida por reduções adicionais de 0,5% em 2025 e 2026. Esse progresso é impulsionado pela redução do uso de carvão na China, que está em um “declínio lento, mas estrutural” devido ao crescimento significativo das fontes de energia renováveis.

A IEA acredita que o uso crescente de energias renováveis e a expansão da energia nuclear conseguirão atender ao aumento da demanda global por eletricidade ao longo dos próximos três anos. Fatih Birol, diretor-executivo da IEA, expressou otimismo em relação a essas tendências, destacando que o setor elétrico é atualmente o maior responsável pelas emissões de CO2 no mundo. A transição para fontes de energia mais limpas é essencial para a descarbonização do setor.

Assim, embora seja necessária uma aceleração nos esforços de descarbonização, os sinais observados nas tendências de energia são promissores. Até 2026, as fontes de energia de baixo carbono devem representar quase metade da produção de eletricidade no mundo, o que é um avanço significativo em direção a uma estrutura energética mais sustentável.

Sumário

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Janderson de Sales

Sou um Especialista WordPress, com formação em Tecnologia da Informação e Professor de Física pela Universidade Federal de Rondônia. Trabalho com produção de conteúdo para blogs, desenvolvimento e manutenção de sites WordPress, e sou um entusiasta de tecnologias de inteligência artificial. Tenho conhecimento em produção de imagens de alta qualidade em plataformas de IAs generativas de imagens e possuo habilidades em SEO e desenvolvimento web. Estou comprometido em oferecer soluções inovadoras e eficazes para atender às necessidades do mercado digital.