Os data centers de Inteligência Artificial (IA) estão cada vez mais aumentando o uso de combustíveis fósseis nos Estados Unidos, conforme reporta o Washington Post. A revolução da IA exige uma quantidade significativa de eletricidade, o que tem provocado uma expansão do uso desses combustíveis, inclusive adiando a desativação de algumas plantas de carvão.
Com o crescente número de centros de dados construídos, gigantes da tecnologia que prometiam liderar o caminho para um futuro de energia limpa agora se tornam alguns dos maiores consumidores de eletricidade do mundo.
O Aumento da Demanda por Energia
As demandas vorazes de eletricidade pelos data centers impulsionam a expansão do uso de combustíveis fósseis nos Estados Unidos, atrasando o fechamento de algumas usinas de carvão. A competição global entre as gigantes da tecnologia na corrida armamentista da IA está alimentando uma onda de construção de data centers, com alguns complexos de computação demandando tanta energia quanto uma cidade de tamanho modesto.
De acordo com a Agência Internacional de Energia, uma busca no ChatGPT consome quase 10 vezes a quantidade de eletricidade em comparação a uma pesquisa no Google. No Iowa, um grande data center da Meta queima anualmente uma quantidade de energia equivalente a 7 milhões de laptops funcionando por oito horas diárias.
Os tech giants alegam que o avanço da IA pode ser mais benéfico para o meio ambiente do que restringir o consumo de eletricidade. Segundo a Microsoft, a IA já está sendo utilizada para tornar a rede elétrica mais inteligente e acelerar a inovação em novas tecnologias nucleares e rastreamento de emissões. “Se trabalharmos juntos, podemos desbloquear as habilidades transformadoras da IA para ajudar a criar um mundo resiliente ao clima”, declarou a empresa.
Críticos, no entanto, veem esses contratos como um jogo de aparências. Embora as empresas aleguem comprar energia eólica, solar ou geotérmica suficiente para compensar suas emissões, continuam operando na mesma rede elétrica que todos os outros. Consequentemente, as concessionárias acabam expandindo o uso de combustíveis fósseis para estabilizar a rede elétrica.
Um diretor de projetos da organização sem fins lucrativos Data & Society acusou a indústria de tecnologia de usar “matemática nebulosa” em suas alegações climáticas. Segundo ele, plantas de carvão estão sendo revitalizadas devido ao boom da IA, o que deve alarmar qualquer pessoa que se preocupe com o meio ambiente.
A análise recente do Goldman Sachs prevê que os data centers usarão 8% de toda a eletricidade dos EUA até 2030, com 60% desse uso vindo de uma vasta expansão na queima de gás natural. As novas emissões criadas seriam comparáveis a mais de 15,7 milhões de carros movidos a gasolina.
Impacto dos Data Centers na Retirada de Plantas de Carvão
Aumento da Demanda por Energia
Os data centers de inteligência artificial (IA) estão exigindo cada vez mais energia elétrica, causando preocupações sobre o impacto ambiental. A revolução da IA está elevando o consumo energético a níveis alarmantes, impulsionando a utilização de combustíveis fósseis, o que, por consequência, atrasa o fechamento de algumas usinas a carvão.
Impacto dos Data Centers na Retirada de Plantas de Carvão
À medida que as grandes empresas de tecnologia constroem mais data centers, disputando uma corrida global por avanços em IA, as instalações necessitam de energia equivalente à de cidades inteiras. Isso leva à manutenção ou reativação de usinas de carvão, que deveriam ser desativadas, para garantir o fornecimento elétrico adequado.
Casos Notáveis de Consumo de Energia
Um exemplo é o complexo de data centers do Meta em Iowa, que consome tanta energia quanto 7 milhões de laptops funcionando oito horas diariamente. A Agência Internacional de Energia aponta que uma única busca no ChatGPT consome quase 10 vezes o que uma pesquisa no Google requer.
A Polêmica dos Créditos de Carbono
As gigantes do setor afirmam que compram energia eólica, solar ou geotérmica para igualar suas emissões. No entanto, críticos veem isso como um artifício contábil, alegando que essas empresas utilizam a mesma rede elétrica de todos, enquanto asseguram para si grande parte da energia verde disponível.
O Papel das Empresas de Tecnologia
Tais tecnológicas argumentam que, avançando a IA agora, os benefícios ambientais serão superiores à redução no consumo elétrico. Elas destacam que a IA já está sendo usada para melhorar a rede elétrica, acelerar a inovação em novas tecnologias nucleares e monitorar emissões.
Projetos Experimentais de Energia Limpa
Em resposta às críticas, as empresas estão investindo pesado em projetos experimentais de energia limpa, como pequenos reatores nucleares conectados a centros de computação e máquinas que exploram energia geotérmica perfurando até 10.000 pés na crosta terrestre.
Opiniões de Especialistas sobre o Futuro Energético
Alguns especialistas acreditam que a demanda crescente por eletricidade de empresas tecnológicas acelerará a transição energética. Histórias de compromissos climáticos agressivos feitos por essas companhias indicam que elas podem impulsionar a implementação de energias limpas mais rapidamente.
Casos Notáveis de Consumo de Energia
Em meio à corrida global de desenvolvimento e implementação de inteligência artificial (IA), os data centers têm se tornado imensos consumidores de energia. Um exemplo palpável é um grande complexo de data centers situado em Iowa, pertencente à Meta, que consome anualmente uma quantidade de energia equivalente ao que seria necessário para manter 7 milhões de laptops funcionando oito horas por dia.
Outro caso importante é uma pesquisa da Agência Internacional de Energia, que revelou que uma busca feita com o ChatGPT consome quase 10 vezes a quantidade de eletricidade em comparação a uma busca no Google.
Esses gigantes tecnológicos estão em constante expansão, construindo novos data centers que necessitam de enormes quantidades de eletricidade, comparáveis às demandas de uma cidade pequena. A competição acirrada para dominar o mercado global de IA está levando as empresas a investir em construções massivas, resultando na criação de alguns dos maiores consumidores de energia do mundo.
Como resultado dessa demanda crescente, muitas plantas de carvão que estavam programadas para serem desativadas tiveram seus fechamentos adiados. Isso se deve à necessidade urgente de garantir o fornecimento contínuo de eletricidade, exacerbado pela quantidade crescente de energia exigida pelos data centers. Em vez de avançar para um futuro energético mais limpo, muitas dessas empresas estão contribuindo para um aumento no uso de combustíveis fósseis.
Outro ponto de destaque é a polêmica envolvendo os créditos de carbono. As empresas alegam que compram energia eólica, solar ou geotérmica suficiente para compensar suas emissões. No entanto, críticos argumentam que essas práticas se assemelham a um jogo de aparências: as empresas continuam operando na mesma rede elétrica que todos os outros, enquanto reivindicam a maior parte da limitada quantidade de energia verde disponível. Isso força as concessionárias a recorrer a expansões de combustíveis fósseis para estabilizar a rede elétrica.
As empresas de tecnologia, apesar das críticas, defendem seus avanços argumentando que a IA pode, eventualmente, trazer benefícios ambientais significativos. Elas afirmam que a IA já está sendo utilizada para tornar a rede elétrica mais inteligente, acelerar a inovação em novas tecnologias nucleares e monitorar emissões.
Muitos desses gigantes tecnológicos estão investindo em projetos experimentais de energia limpa com perspectivas de sucesso a longo prazo. Entre esses projetos, destacam-se iniciativas ambiciosas como a fusão nuclear, pequenos reatores nucleares conectados a centros de computação individuais e máquinas que aproveitam a energia geotérmica perfurando até 10.000 pés abaixo da crosta terrestre.
Especialistas sugerem que as necessidades energéticas dessas empresas de tecnologia poderiam, na verdade, acelerar a transição para longe dos combustíveis fósseis. Eles argumentam que companhias com compromissos agressivos em relação ao clima historicamente têm impulsionado a adoção de eletricidade limpa. Melissa Lott, professora da Escola Climática da Universidade de Columbia, enfatiza que empresas comprometidas com metas climáticas podem estimular o desenvolvimento de energia renovável.
A Polêmica dos Créditos de Carbono
A discussão sobre os créditos de carbono é um tema complexo que divide opiniões entre especialistas e empresas. Os créditos são instrumentos financeiros que permitem a uma empresa compensar suas emissões de CO₂ financiando projetos de redução de carbono em outras regiões. No entanto, muitos críticos argumentam que essa prática pode ser vista como uma cortina de fumaça, onde corporações continuam a poluir enquanto ‘compram’ indulgências ambientais.
Alguns defensores dos créditos de carbono afirmam que eles são essenciais para a transição para uma economia de baixa emissão, uma vez que fornecem incentivos financeiros para a criação de projetos de energia limpa. Por outro lado, especialistas como os da Data & Society alertam para o uso de ‘matemática nebulosa’ nas alegações de impacto climático das empresas, sugerindo que muitas vezes os cálculos de emissões compensadas não são transparentes ou precisos.
A controvérsia aumenta quando grandes empresas de tecnologia alegam que cancelam suas emissões comprando créditos de energia renovável. A prática tem sido criticada por concentrar recursos de energia limpa em suas mãos, forçando redes elétricas a recorrer a combustíveis fósseis para atender a outras demandas energéticas.
Essa prática também levanta questões sobre a efetividade real dos créditos de carbono na redução total das emissões globais. Alguns ambientalistas defendem que, em vez de permitir a continuidade da poluição, deveria haver um foco maior em soluções tecnológicas e práticas inovadoras que reduzam as emissões na fonte.
O Papel das Empresas de Tecnologia
As empresas de tecnologia desempenham um papel essencial na transformação digital e na inovação tecnológica, mas isso também traz implicações significativas para o consumo de energia global. Com o aumento incessante da demanda por serviços baseados em inteligência artificial (IA), como aprendizado de máquina e análise de dados, as empresas de tecnologia se transformaram em grandes consumidoras de energia.
Este consumo elevado de energia está forçando essas companhias a reavaliar suas estratégias de sustentabilidade. Muitas, como a Microsoft e a Meta, alegam que estão comprando energia renovável suficiente para compensar suas emissões, sejam elas provenientes de fontes eólicas, solares ou geotérmicas. Elas argumentam que suas iniciativas de IA podem até contribuir para um ambiente mais limpo ao criar redes elétricas mais inteligentes e acelerar a inovação em tecnologias nucleares e de rastreamento de emissões.
No entanto, críticos acusam essas empresas de usarem cálculos imprecisos para justificar suas ações. Eles apontam para o fato de que, embora estas companhias possam estar comprando energia renovável, a infraestrutura existente ainda depende fortemente de combustíveis fósseis para garantir a estabilidade da rede elétrica. Isso resulta na reativação de usinas a carvão que deveriam ser desativadas, prolongando assim o uso de combustíveis fósseis em vez de eliminá-los.
Além disso, a disposição das empresas de investir em projetos experimentais de energia limpa, como reatores nucleares pequenos e perfuração geotérmica profunda, é vista por muitos como uma tentativa de encontrar soluções a longo prazo para mitigar o impacto ambiental. Contudo, estes projetos ainda enfrentam desafios significativos em termos de viabilidade e escalabilidade.
Especialistas, como a professora Melissa Lott da Climate School da Universidade de Columbia, argumentam que as metas climáticas agressivas dessas empresas têm historicamente acelerado a implantação de eletricidade limpa. No entanto, outros alertam que a competição intensa para dominar o mercado de IA pode levar a um rápido aumento da construção de centros de dados, aumentando ainda mais a demanda energética e, potencialmente, as emissões associadas.
Projetos Experimentais de Energia Limpa
As empresas de tecnologia estão investindo significativamente em projetos de energia limpa com o objetivo de contrabalançar o aumento do consumo de energia derivado dos data centers. Essas inovações incluem desde reatores nucleares pequenos, localizados próximos aos centros de computação, até a perfuração de 10.000 pés na crosta terrestre para acessar energia geotérmica.
Empresas como a Microsoft acreditam que a colaboração no desenvolvimento e implementação dessas tecnologias pode desbloquear o potencial da IA para criar um mundo com emissões zero, resiliente às mudanças climáticas e positivo para a natureza. De acordo com Melissa Lott, professora da Escola do Clima da Universidade Columbia, empresas que fazem compromissos climáticos agressivos historicamente aceleram a implantação de eletricidade limpa.
No entanto, esses projetos ainda enfrentam longas probabilidades de sucesso a curto prazo. Apesar desse desafio, a esperança é que esses esforços experimentais ajudem a mitigar o impacto ambiental da crescente demanda energética das empresas de tecnologia.
Opiniões de Especialistas sobre o Futuro Energético
Impacto dos Data Centers na Retirada de Plantas de Carvão,
O rápido crescimento dos data centers impulsionado pela revolução da inteligência artificial (IA) tem gerado um impacto significativo no consumo de energia fóssil. Como reportado pelo Washington Post, a demanda “voraz” por eletricidade desses centros de dados está atrasando o desligamento de algumas usinas a carvão nos Estados Unidos.
Empresas de tecnologia que prometiam liderar a transição para uma energia limpa agora se tornaram grandes consumidores de energia, a ponto de alguns data centers exigirem tanta eletricidade quanto uma cidade de porte médio.
Essa necessidade massiva de energia levanta questões sobre a viabilidade de atender a essa demanda exclusivamente com fontes renováveis. Um exemplo citado aponta que uma busca no ChatGPT da OpenAI consome quase 10 vezes mais energia do que uma busca no Google. Em Iowa, um complexo de data centers da Meta utiliza anualmente uma quantidade de energia equivalente ao consumo de 7 milhões de laptops funcionando oito horas por dia.
As empresas de tecnologia têm argumentado que avançar na IA agora pode trazer benefícios ambientais no longo prazo, como a criação de redes elétricas mais inteligentes e o monitoramento de emissões. No entanto, críticos afirmam que esses benefícios são muitas vezes anulados pelo alto consumo de energia desses data centers, contribuindo para a manutenção e até a expansão de usinas a carvão e gás natural para garantir a estabilidade da rede elétrica.